O kitsch nosso de cada dia!
Descrição: A palavra é de origem alemã e significa, literalmente, ‘reutilização de móveis velhos como novos’, ou também, ‘traste’. O termo surgiu em Munique, Alemanha, em 1860, sendo empregado na área de decoração. É uma negação do autêntico, uma deturpação dos estilos tradicionais e instituídos. (...) o Kitsch mescla aleatoriamente muitos estilos de uma só vez. É bastante encontrado na arte tumular dos cemitérios de periferia, boates, motéis, residências de novos ricos, igrejas, casas de subúrbio, cassinos, bingos, etc. Por essa razão não é específico de uma ou outra classe: encontra-se entre pobres e ricos. É um fenômeno derivado do consumismo desenfreado, o que levou a uma vulgarização das artes. Os apelos são dramáticos, eróticos, sentimentais, exorbitantes. Kitsch é bizarro, surreal, EXTRAVAGANTE! Las Vegas é Kitsch, pinguim de geladeira, Papai-Noel, Elke Maravilha, Disneylandia, lava-lamp, estátuas de jardim, todos Kitsch! (retirado da comunidade "Kitsch", no site de relacionamentos Orkut - o link se encontra no título.)
A estética Kitsch se caracteriza pela cópia, pela reprodutibilidade, pela diversão acima de tudo! E está completamente relacionada ao consumo de massa. Apesar de muitos não saberem o que a palavra significa, "de kitsch e louco, todo mundo tem um pouco". Quem nunca teve flores artificiais em casa, uma cópia de alguma obra de arte famosa, ou até mesmo souvenirs de pontos turísticos com o famoso "made in China" escrito embaixo?!
Outro elemento que não podemos deixar de citar é o valor afetivo que o objeto kitsch carrega. Não importa se aquele bibelô não te serve de nada e fica apenas acumulando poeira na prateleira da sala: o que importa é a lembrança que o objeto carrega consigo, do tipo "o porquinho de porcelana que fulano me deu na comemoração da minha promoção no trabalho".
Estava a fuçar na internet, inclusive em alguns blogs de moda, e achei algumas coisas interessantes para ilustrar esse post.
Em tempos de gripe suína (ou H1N1, para ser mais correta), a designer Irina Blok criou vários layouts divertidos para máscaras cirúrgicas, reproduzindo vários padrões e imagens nas mesmas.
Na moda podemos citar vários estilistas/marcas que utilizaram-se dessa estética em suas criações.
O irreverente Ronaldo Fraga fez disso uma marca registrada!
Também podemos citar trabalhos como o do fotógrafo David Lachapelle e do artista plástico Edu Lima, que trabalha com o conceito de kitsch religioso.
Dicas de filmes: Moulin Rouge, Romeu+Julieta, Marte Ataca.